Meu corpo um dia quero pó,
Quero cinzas a serem lançadas No dorso do mar esverdeado Para que sejam acalentadas pelas águas. Não sinta tristeza quando partir Não se arrependa de tudo O que não disseste a mim; Pois teu pensamento juro que ouvi, chorei e guardei dentro de mim. Veja-me como brisa a beijar-te a face nas manhãs de sol. Partirei num dia de chuva A mesma chuva que tanto amei. Viajarei até a lua E de lá te olharei... Se na fogueira de outras eras retornei, Hei de ir desta para o velho ciclo completar. E como uma fênix novamente renascer É um constante purificar! Fadas e borboletas me guiaram, Partirei como for, sorrindo! Pois desabrocharei como nova flor Só que com menos espinhos... Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 04/08/2006
Alterado em 07/08/2006 |