Menino... Esses dias tristes me angustiam
As horas de repente se esticam; E a vida parece que se reduz nos olhos Punhados de sorrisos inúteis falsários Um rio de gente nua de mascaras pintados; Uma procissão de promessas fantasiosas E ninguém liberto de sinceridades... Menino... Minhas mãos vazias sangram Veias sem esperas, cor roxa pinta alva pele Acenda as luzes... Leia suas calmantes frases Dádiva que sorrir um sorriso puro e me faz rir; Semeando futuros em meio às pétalas melancólicas Que ninguém as colhe... Mais que semeio. Menino... O cansaço abate o corpo e alma Amargo é essa espera pelo nada ou pelo tudo Triste é esta tristeza que muito aguarda... E a expectativa do nada que vem e maltrata, - Um gesto apenas! E tu me dizes: - E pra quê? Menino... Pela fé que tens por mim te peço; Trague esperanças nesse mundo finito Apresente-me Deus e me faças crer no sorriso Doe-se na briga pelo teus inimigos invencíveis E mostre-me como se vence nos medos de meninos. Fale-me como se fala a um surdo... Toque-me como se toca em um cego... Abraça-me como se abraça na despedida... E lembre-se disso tudo ate teu ultimo suspiro de vida... Sempre sempre sempre... Nesses frágeis suspiros de vida! Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 13/01/2010
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