... Expressividade ...

"Decifra-me mas não me conclua, eu posso te surpreender! - Clarice Lispector

Textos


Havia um menino, um homem encantado... Mais estranho
Sua lenda diz que vaga por ai entre almas de diversas belezas
Mais sempre se faz distante...
Muito distante...
Brinca com magia ilusionista do perto...
Não se deixa perceber a alma límpida;
Engana pela fantasia.
 
Havia um menino tímido, um homem mistérios... Mais covarde
Envolvia-se com a sedução feito droga injetável,
Dizem a lenda que viveu de amores fadados/voláteis
Preferia circular pela vida de tantos sentimentos falsos por um verdadeiro e calmo.
O homem tinha olhar triste de menino rico que tudo tinha e nada o sorria
Mais era sábio com sua empatia e conquistava pelo piscar de pestana emotiva
 
Então um dia...
Um mágico dia de solidão e álcool...
O estranho homem cruzou meu caminho e parou pra descansar
Enquanto falávamos de muitas coisas...
De suas andanças e historias colecionada em seu diário
 
Me disse:

- A coisa mais importante que você deve aprender na vida, é amar de verdade, deixar-se amar e ser amado... Simplesmente respeitando o amor do outro
Mesmo que não haja reciprocidade... O amor é o sentimento que move a vida e meu destino triste e solitário é que me fez ser essa lenda imaginária que tantas tomam posse pra si, sem mesmo ter-me cuidado... Não desejaria ser uma lenda para essas damas... Queria apenas amar e ser amado pela transparência que há no desejo liberto de falsidades e interesses... e não perder por leviandade própria o amor puro de uma gueixa...

 
Então eu disse ao homem estranho com trejeitos de menino triste:
- Nem sempre as coisas são como parecem, você pode me enxergar como uma mulher imatura, uma menina boba... Cuja vida gira em torno da busca de amar e ser pelo menos respeitada por pecar pelo excesso... Mas que entende de arte verdadeira e do amor... Pois tudo o que mais anseio em cada fibra de meu ser é amar... Amar tudo que me faça sorrir... Um riso leve...
 
Ele virou-se, deu-me as costas e foi embora... E a lenda se fez, como aquele que vaga entre um coração e outro e faz de seu jardim de flores batizar com nomes de fugaz amores...

Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 14/10/2009
Alterado em 20/03/2011


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