I
A real essência é pura, Liberta auto-enganos. É algo que apenas se sente, Mas que não ha nome, Não há regras, Não há planos. II O ser deve ter a alma De pureza e espontaneidade, Vai assim, sendo. E ao mesmo tempo em que aflige, Traz sentimentos bons. É um sacrifício que vale a pena. O encanto do imprevisível. A chance do certo e errado, Puramente simples. Os pés caminham com cuidado Não é preciso correr. Correndo, perde-se o presente. III Os detalhes ao lado, aqui, bem perto. Atente os olhos para o que é já. Não se preocupe com o que poderá ser um dia. Se puder e tiver que ser, simplesmente será. Não é preciso que se preocupe. O amanhã pode acabar hoje. E o futuro já foi agora. E quanto ao passado? Somente conseqüências de um presente. E para que este passado seja agradável de lembrar, É preciso que este presente tenha sido bem vivido. IV Quero não o que já foi, nem o que possivelmente será. Quero o agora, o já, o é! O é, sem "ter sido", sem "que será". O medo existe. E talvez seja necessário. O nosso ponto de equilíbrio. Aquele que nos diz ''vá'' ou ''fique''. O que pondera nossos instintos e nos liberta da razão. Basta termos o medo como amigo. Não adianta nos sentirmos ameaçados Como se todos fosse inimigo. Ele é companheiro, é companhia. E será sempre. Se não pode contra, alie-se. Ter medo não é ter covardia. Pedir ajuda não é feio. V Entenda que teus ombros Não suportam os problemas de teu mundo, Aprenda a gritar, a pedir socorro A quem pode ou deseja ouvir tua voz de ajuda! VI Às vezes perdemos a fala, A boca seca, a garganta trava e a voz some. Nessas horas precisamos do auxilio dos olhos, Que sorri pelo brilho E fala aquilo que voz não permitiu sair... Nesse momento vem o abraço, Que conforta tanto a falta de palavras Que permanecem presos na garganta VII É nesse laço do abraço... Massageia todas as partes do corpo Que relaxa a garganta para em fim As palavras saírem, muitas vezes baixinho Mais a pureza é perceptível... E os olhos do outro brilham na mesma intensidade. Capta a essência sutil do ser que busca ajuda. VIII Corre riscos... Mais saiba corrê-los; Lembre-se que levas um peso nos ombros E as vezes o risco impede de se ter um bom resultado. Nada temos certeza dessa vida, Nem mesmo nas dificuldades sabemos dessa certeza Somos desejos soltos no mundo. Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 04/07/2009
Alterado em 04/07/2009 Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |