Dói A’lma como se não houvesse o corpo
Lateja o peito como se não tivesse coração Intumesce a pele, como se não houvesse pêlos Seca os olhos como se não houvesse lagrimas. Treme o corpo como se padecesse de frio Escorre o sangue, como se existisse feridas Resseca a pele, como se não houvesse transpiração Falta o ar, como se não houvesse pulmão. A escuridão pinta a retina dos secos olhos A dor nos dentes impede a saída do sorrir... O braço dói como se não houvesse ossos O medo invade como se não houvesse ajuda! Cai na penumbra e tenta levantar Cai na penumbra mais uma vez e engatinha Cai na penumbra outra vez e senta, Cai na penumbra de novo e deita... Morre da ajuda que não teve... Morre pela angustia de não levantar Morre sem o sorriso oferecer, Morre sem ver o sol reinar outra vez! A’lma não dói mais... O peito não lateja... O coração não pulsa... Os olhos não fecham... Morre e tudo se acaba... Tudo se acaba e não fica nada... A vida passa... Terá saudade dessa’lma Morreu sem esperança de nada!! Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 30/06/2009
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