Pessoas “solitárias” por opção... Na grande maioria das vezes acham a vida tão divertida, mais tão divertida que são comparados ao beija-flor que vão esvoaçando de flor em flor, até aqui tudo normal, não há motivo para dramas e ou comédias, mais há o roteiro de sempre... As juras falsas e as mentiras que têm as pernas curtas. Mais ainda há aqueles que se apaixonam, amam, mas não conseguem se engajar numa relação e ainda menos numa convivência. Vivem em num conflito insolúvel entre sua paixão amorosa e a necessidade de preservar a solidão da qual, literalmente, adoram e ou se acostuemaram a viver.
São homens/mulheres que invocam suas fraquezas, ou melhor, a força da carne: declaram-se incapazes de resistir às tentações de uma aventura. Mais em um segundo consegue amar, mas não se engajam... Não sabem direito qual razão para explicar sua conduta. Genuinamente apaixonados e amados pela parceira (o), e continuam sozinhos. A solidão pode ser um clichê cinematográfico porque na visão do ser humano é uma grande utopia, digamos assim, uma utopia cultural... No livro “A procura da solidão” de Paul Slater, 1970. Ele faz uma análise impiedosa dos valores da cultura moderna que transformam a solidão em ideal: autonomia, independência, vontade de preservar as potencialidades futuras, liberdade para se transformar em outra pessoa. O livro é bem antigo, mais ainda pulsa feito coração de menino pela atualidade como que trata da solidão masculina e feminina... Fala de que estar só é uma aparente solitária "liberdade" de fidelidade a si mesmo e ainda questiona ao primeiríssimo amor da vida de um homem... Cuja a mulher é amada, admirada, idolatrada... mais que jamais poderá ser deles... E o mesmo se aplica a mulher, que busca homens com a mesma personalidade e perfil do único homem que ela passa a vida amando, mais que especialmente esse não pode receber seu prazer de mulher... O autor compara ainda o perfil da personalidade dos dom-juans, que tentando seduzir todas as mulheres, reconhecem e proclamam que, de fato, só uma lhes importa, a que nunca estará no seu catálogo, por ela ser irremediavelmente a mulher de um outro: a mãe, nesse caso,lê-se o pai no caso da mulher. "Visto que não posso ter a única que me importa, não terei nenhuma. E aposto que a mãe se enternecerá diante da imagem sublime da solidão, que é dolorosa, mas heróica por ser a prova de uma eterna fidelidade". Nesse caso, sofrer de solidão pode se tornar, assim, mais prazeroso do que trocar caricias, tapas e beijos! Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 28/06/2009
Alterado em 30/05/2010 Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |