O silencio que grita na noite Traz no repente tua musica, Penetrante no corpo... Por onde os sentimentos viram gozos! O silencio quebrado ao luar Faz da moça-libélula voar... Procurar teus campos para pousar E ali ficar, para te contempla! A brisa fria machuca as asas finas E entre flores murchas e campos mortos Eis que me acomodo e posto a te mirar... Ali, onde não há beleza, Onde teus olhos não irão contemplar É que te vejo, observo e admiro teu cantar! Serei esse silencio que vem da solidão Quando todos adormecem e o sol nasce Quando o mar expulsa e o por do sol cresce! Não serei jamais tua... Sou libélula sem cor... Imunda! Que prefere águas puras e impuras Para o calor de minhas asas expulsar! Não vivo em jardins de rosas vermelhas, Nem em vasos de flores noturnas, Muito menos em cemitérios de girassóis, Como as borboletas de asas cintilantes Buscam teu olhar admirado de beleza... Sou o avesso que te atraí... Sou o contrário de tua riqueza... Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 31/01/2009
Alterado em 11/03/2011 |