A noite está fria, levando-te a apressar o passo.
Não tens a menor vontade de dormir, Mas o dia não tarda a nascer. Todos os teus amigos já partiram. Enquanto tu estás sozinho, Apreciando a solidão. Olhas para trás e vês, vultos entre as sombras. O vulto sorri; Um sorriso reluzente, Cheio de promessas e ameaças. Antes que comeces a entender, tu morres... Mas não por muito tempo! O fascínio da noite. A sedução da vida eterna. À procura de uma alma perdida, Sedenta de um amor eterno e fogo ardente. Tu queres o amor que ainda não obteve, Deseja senti-la como a brisa fria da noite. Sentir o perfume de seu corpo mórbido. Tirar o sangue de tua boca gélida. Apreciar a solidão da lua, como se ela fosse sua.. Como se a lua te pertencesse, E o Sol fosse teu eterno inimigo. O brilho que a Lua lhe permite ver a alma por quem Vais amar. Já o brilho do Sol, mata-te Que deseja aquela alma beber.... Sentes a podridão que vêm de teu corpo, De teus pensamentos... De teus desejos... Do ódio daquele que te fez assim! Que sentido á na vida eternidade viver, se para achar forças. Precisa de sangue nobre beber... Oh! Deus prefiro morrer... E no descanso eterno assim viver, pois sozinho não estarei, Meu amado assim encontrarei... E nesta escuridão não mais viver... Que solidão é esse que me consome e me faz Sair atrás de você... E não consegui te beber... Não quero que vivas como a mim... Mais se assim, me amas... E assim me queres, Beber-te-ei o nobre e doce sangue teu... Para eternamente vivermos essa maldição, Onde agora a solidão não mais terá morada, E seremos eternas alma a vagar pela noite A procura de novos sabores, Protegidos pelo brilho da amiga Lua, Andaremos pelas madrugadas frias.. Faremos amor, no mármore de nossa morada... E nenhum pesar há de sentirmos, Pois solidão, não mais existirá! Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 05/04/2006
Alterado em 08/04/2006 |