Através do espelho de mi’alma
Vi minha dor chorando
Saindo dos olhos sombria agonia
Grossa lagrima de sangue, escorria!
A magoa do agora é imenso;
A tristeza é a saúde que me cobre
O sol já nem me queima... (?)
A luz já nem me adentra... (!)
Vi um poeta em fase terminal
Matando todos os versos infernais
E junto ia definhando em rimas frenéticas
Absorto pelo desejo escroto de um poeta meio-morto!
Através de meus olhos refletidos
No espelho dos olhos teus;
Melancolia estendeu-me ao teu corpo
E nas asas de um Urubu, voei semi-morta!
Meus lábios, num amargo gosto
De teu gozo gelado em gotas
Blasfemando um êxtase desvairado
Onde me levou para teu inferno, pecado!
Enterra-me em teu corpo de vez;
Jogue sobre nós a terra podre de lagrimas
Já que se estão meio mortos...
E há de exalar odores trágicos;
De um amor, em fim, acabado! Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 14/10/2008
Alterado em 14/10/2008 Copyright © 2008. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |