Oh! Brisa por que vieste
Trazendo consigo essa saudade
Tenha pena de mim;
Frio vento cortante de lembranças
Sangra esse coração que vaga
Sem pulsar por novas esperanças!
Ah! Saudade lânguida doida
Dessa lagrima caindo, perdida;
Banhando o seio virginal
No desejo ser bebido,
No prazer de Baco, por um bom vinho!
Ah! Quimera que rói essa dor
Pulsando a fibra que lateja
Por esse mal do amor...
Ah! Sonhos impuros que sonhei
Na realização imaginária, matei-os
No amargo gozo o prazer não veio.
Ah! Prantos teu e meu!
Que Deus tenha piedade...
Pelo menos nos sonhos
Deixemos de suspiros e delírios
Para matar-nos a tesa carne
Que arde na febre dessa mocidade.
Oh! Desejo de nossos ais...
Que essa pureza seja perdida,
Que essa lagrima virginal seja banido...
Fazei dos seios o som de gemidos
Fazei de tua espada embainhada,
Penetrar em alva pele,
E então conhecer o céu ou o inferno
De teu convulsivo e estremecido
Gozo divino... Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 09/09/2008
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