No decorrer de nosso conhecimento e das experiências que guardamos ao longo do nosso amadurecimento no que se trata de amores e sentimentos é que selecionamos nossas paixões, em nossos desejos de resgatar em outro alguém, a busca constante do tão sonhado amor verdadeiro, puro... O chamado “incondicional”, que na área da ilusão, é sentida como a mais pura e verdadeira forma de amar, de se doar ao outro, sendo uno e verdadeiro amor.
Trazemos uma necessidade nata de completude que se torna preenchida num primeiro momento de nossa existência por esse amor materno. Muitos adultos em busca desse amor perfeito, às vezes se perdem quando acredita que amor é sinônimo de anulação, quando confundem liberdade com desrespeito, intimidade com invasão, quando usam de chantagem emocional para suprir suas carências; e ainda quando deixam de viver seus outros papéis na vida para “ser” exclusivamente em função do outro. Algumas pessoas entendem o amor como algo quase mágico que mistura uma certa “santidade e pureza” com a total e plena devoção ao outro.
O amor é uma relação onde necessita que ambas as partes se utilizem de um raio-X dos pensamentos e sentimentos do ser amado, um verdadeiro relatório contínuo e absoluto sem desvios do que se passa no pensamento e na mente do ser amado, algo tão impossível racionalmente que geralmente só é confessado entre quatro paredes.
Esse tipo de relação traz sofrimento e dor para ambos, parte de um entendimento equivocado onde o amor é sinônimo de mistura e individualidade e de desamor e traição.
Logo, o desenvolvimento emocional nos ensina, que o “amor perfeito”, ou melhor dizendo o “amor saudável”, recusa a auto-anulação... Propõe a existência... A individualidade... O respeito ao outro... A solidariedade, o companheirismo... E a confiança mútua.
Esse é o amor saudável que todos buscam!
***E que espero um dia encontrar!***