... Expressividade ...

"Decifra-me mas não me conclua, eu posso te surpreender! - Clarice Lispector

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Todo gestor antenado nas ultimas mudanças coorporativas sabem da importância da criatividade e da inovação como uma importante ferramenta de gestão empresarial. "Criatividade é um poderoso ativo das empresas. Quem abrir mão, cai fora". O mercado cada vez mais exigente é bem claro para gestores e colaboradores, o grande diferencial é ser criativo! 

                             SER CRIATIVO 

     *** A criatividade é um processo aberto no qual qualquer pessoa pode participar dando idéias para qualquer campo da atividade humana, e que usa a imaginação para produzir resultados. Inovação é um processo fechado no qual somente as pessoas que detém o conhecimento específico de uma área podem usá-la. A inovação depende das idéias para ir em frente. 

Criar é pensar algo novo; inovar é fazer algo novo. Todas as pesquisas mais recentes indicam que todos os povos são criativos. Nós, brasileiros, somos também e devemos tirar proveito disto. No entanto, há lugares onde ela floresce e há outros onde ela simplesmente morre. Enquanto a criatividade tem compromisso com a idéia, a inovação tem compromisso com o produto. Usando a criatividade, trabalhamos com a imaginação, enquanto na inovação usamos o conhecimento, algo que já está sedimentado. Essas são as características, mas elas são complementares. No entanto, antes de usar a criatividade como uma ferramenta de gestão, a empresa deve desejar ser criativa e inovadora. 

Se as pessoas e as empresas não desejarem inovar, nada vai acontecer. Mas, além de querer, tem que perseverar. As melhores idéias não vêm logo no começo. Às vezes, precisamos horas, dias, meses, anos para desenvolver uma idéia e transformá-la em algo concreto. É muito simples ser criativo, basta usar o cérebro, que é uma das poucas coisas que não precisamos pagar. Costumo comparar esse ato com fazer ginástica. Nos primeiros dias, o corpo fica um pouco dolorido, até chegar um ponto em que você pratica naturalmente. O mesmo ocorre com o processo criativo. Chega um momento em que a pessoa cria sem pedir para o cérebro. Cria naturalmente, porque aquilo faz parte da rotina de trabalho. 

O novo mundo competitivo pede isso, um bom profissional tem que se adaptar as normas estabelecida pela globalização devido à competição no mercado. A partir do momento em que as organizações têm concorrentes, devem ser criativas. Do contrário, perderão o mercado. Se não inovarem, as empresas vão desaparecer. Organizações avançadas há muito tempo perceberam que melhorias em produtos existentes trazem margens pequenas, às vezes nem isto. No entanto, produtos novos trazem margens grandes. Por isso, outras empresas estão começando a pensar no assunto. Estão querendo mudar. Outras, ainda não sabem como, e algumas estão caminhando por trilhas erradas. A criatividade cria novos conhecimentos, faz o mundo avançar. No entanto, as pessoas e as organizações acreditam que ao atingir determinada competência tem muito pouco a fazer, mas estão enganadas. O sucesso é uma coisa do passado, não garante nada para o futuro. Estamos cansados de ver organizações que foram muito bem sucedidas no passado e hoje não estão bem no mercado. Como vivemos nos tempos da descontinuidade, as empresas ficam paralisadas pelo medo de arriscar, e as pessoas pelo medo do fracasso. 

Não é nada fácil desenvolver a criatividade e muito menos introduzir algum inovação, sair do comum, para muitas pessoas é o caos, é o medo de seu mundinho desabas, para isso em primeiro lugar, é preciso entender os conceitos de criatividade e inovação. Segundo, aplicar a criatividade, usando equilibradamente suas quatro dimensões: pessoa, ambiente, processo e produto. Terceiro, temos que inventariar muito bem o ambiente para ver se a organização está permeável à entrada da criatividade e inovação. Finalmente, devemos trabalhar sempre olhando os resultados alcançados. Eles dirão se fomos ou não bem sucedidos em nossa implantação. 

Está mais que confirmado que as organizações juntamente com gestores de grande conhecimento motivacional, precisam ter cuidado ao adotar políticas equivocadas para o uso da criatividade em seus negócios. Entendem elas que bastam encaminhar seus profissionais para programas de desenvolvimento que eles voltarão e começarão a aplicar as técnicas. Mas estão enganadas. A ajuda é bem vinda sim, mas a partir do momento em que sentirem as dificuldades de implementar o programa. Se essa vontade for genuína na empresa, ela deve colocar entre os princípios e valores da organização. Valor é aquilo que você segue ao longo do tempo e por todo o tempo. 

O mais importante é colocar os processos de criatividade e inovação como um princípio. A ajuda externa pode mostrar quais são os melhores mecanismos para isso. A essa cultura, os princípios e valores devem estar inseridos na empresa de forma que corra pelo sangue de todos da equipe - como espírito dos valores da organização, o ar que respiram. É assim que as grandes empresas inovadoras fazem. Tem que ser um processo natural. 

No Brasil, esses conceitos ainda não estão consolidados. Percebemos rápido, mas reagimos lentamente. 


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SÃO PAULO

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Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 23/08/2008
Alterado em 04/06/2010
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