Violeiro Cósmico
Primeiro o desejo divino
O corpo que fala sozinho Embala artérias que dançam Sob um burburinho. Chama etérea do corpo Que canta sob o toque De uns dedos divinos. Como violão descanso Sob teu colo de menino E logo recitas meu corpo Num afago mansinho... E num êxtase cósmico Rendo-me as melodias De tua voz quase rouca. Num rodopiar atrevido Derreto-me em teu corpo E num bailar sincrônico Fecundam-se sons divinos Alma purificada Depois de uma cantada De um violeiro cósmico Que cruza meu conturbado espaço Num desejo encantado!
Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 19/06/2008
Alterado em 19/06/2008 |