... Expressividade ...

"Decifra-me mas não me conclua, eu posso te surpreender! - Clarice Lispector

Meu Diário
21/04/2025 11h59
“Ama e faze o que quiseres” — disse Sto Agostinho. E eles fizeram.”

Há encontros que não precisam de tradução.Nem legenda. Apenas acontecem… e nos lembram que o amor verdadeiro pode, sim, ocupar cargos altos — sem deixar de ser chão.

 

Francisco e Mujica.

Dois homens que não buscaram o poder.

Mas, quando chegaram até ele, decidiram usá-lo para servir.

 

Quando Santo Agostinho escreveu “Ama e faze o que quiseres”, ele não falava de um amor qualquer. Era o amor que move. Que age. Que é causa. Que é coragem.

 

E é esse amor que habita o gesto simples dessas fotos. Um abraço que não é político. É espiritual. Um aperto de mãos que não sela acordos de gabinete… mas compromissos com o humano.

 

Francisco veio da América do Sul, como Mujica. Ambos pobres de ambição, mas ricos de alma. Ambos com os olhos voltados pros últimos — os esquecidos, os exilados, os famintos, os silenciados.

Ambos escolhendo a renúncia como forma de grandeza.

 

Agostinho dizia que “a medida do amor é amar sem medida”…

E talvez por isso Mujica nunca precisou de ternos caros pra ser ouvido.

E talvez por isso Francisco nunca precisou da ostentação papal pra ser respeitado. Eles são o lembrete vivo — ou foram, e continuam sendo — de que a fé e a política não precisam andar de costas uma pra outra. Quando há verdade no coração… tudo se comunica.

 

Hoje, ver essa imagem é como reler um versículo encarnado:

“O amor é a única medida que não se mede.”

 

Que o mundo não esqueça:

Os verdadeiros gigantes andam devagar.

Vestem-se com simplicidade.

E deixam rastros de humanidade onde pisam.


Publicado por Monet Carmo em 21/04/2025 às 11h59
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.

Tela de Claude Monet
Site do Escritor criado por Recanto das Letras