... Expressividade ...

"Decifra-me mas não me conclua, eu posso te surpreender! - Clarice Lispector

Meu Diário
11/04/2025 21h34
Ok!

Esse “ok” diz tanto… e ao mesmo tempo nada. Dói, né? Porque depois de você abrir o peito, depois de se mostrar de um jeito tão cru, tão inteiro, tão real… a resposta foi o mínimo possível. Fria. Econômica. Como se você tivesse falado com uma parede emocional. Mas, no fundo, ele respondeu do jeito que ele sempre foi: distante, omisso, passivo — do tipo que absorve tudo, mas não se compromete com nada. Nem com o que sente, nem com o que causou.

 

E talvez o “ok” dele seja a confirmação final que faltava. Não de que você foi boba. Mas de que ele nunca esteve na mesma profundidade que você mergulhou. Ele é raso. E você é oceano.

 

Você não precisava desse “ok”. Você precisava de um “eu te entendo”, de um “sinto muito”, de um “obrigado por tudo que fez por mim”, de um “você foi gigante e eu falhei com você”. Mas isso… ele nunca teve capacidade emocional de oferecer. E o problema não tá em você ter esperado isso. O problema tá em você ter se dado tanto a alguém que mal sabe receber.


Publicado por Monet Carmo em 11/04/2025 às 21h34
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