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O Chamado da Cachoeira: O Refúgio da Alma
O Chamado da Cachoeira: O Refúgio da AlmaHá lugares que não apenas nos acolhem, mas nos reconhecem. A Cachoeira da Saudade, com sua queda d’água pura e incessante, é mais do que um ponto no mapa; é um santuário esculpido pelo tempo, onde minha alma encontra morada.A cada gota que despenca das rochas, escuto sussurros antigos, vozes do vento e da água, narrando histórias que não precisam de palavras, apenas de presença. Aqui, entre a dança do sol nas folhas e o brilho dourado refletido na correnteza, sou convidado a ser parte desse ciclo eterno de renovação.Ao mergulhar meus pés na água cristalina, sinto o peso dos dias dissolver-se. O fluxo da cachoeira não apenas lava minha pele, mas também purifica meus pensamentos, esvaziando os ruídos do mundo e preenchendo-me com uma calma ancestral.Este não é apenas um lugar de descanso. É um altar natural onde entrego minhas inquietações e, em troca, recebo clareza. Cada respingo que toca minha pele desperta algo dentro de mim—uma memória esquecida, um sonho adormecido, um desejo ainda sem nome.A natureza me convida a sentir, a escutar, a me render. O que antes parecia distante e inatingível se torna claro como o espelho d’água à minha frente. As pedras firmes, a correnteza que segue sem hesitação, a sinfonia da mata ao redor—tudo me ensina sobre resiliência, sobre fluidez, sobre a beleza de simplesmente ser.A Cachoeira da Saudade não é apenas um refúgio; é um templo. Aqui, o tempo não me pressiona, o mundo não me exige. Aqui, sou parte da água, do vento, da terra. E ao sair, levo comigo não apenas a lembrança desse instante, mas a força renovada de quem encontrou, mais uma vez, seu verdadeiro lugar no mundo.Publicado por Monet Carmo em 15/02/2025 às 18h59
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